O CIÚME

Data 01/09/2016 11:33:04 | Tópico: Sonetos

O CIÚME

Perto, aquele demônio de olhos verdes,
Cuja maestria esteve em ter comigo
D'amor e ódio um jogo já antigo
Ou de paixão e dor, se assim quiserdes.

Mas, se vos for mal tudo quanto houverdes
Sabido d'essa história onde perigo,
Olho -- ora gelosia; ora postigo --
A ver bem mais além que vós ao verdes:

Era a forma mais triste e só de amar.
Mas dizei-me, vós-outros, que pensar
D'um estado de espírito tão débil?

Verdes... Aos olhos d'ele ora me vejo.
N'eles estão quanto pôde meu desejo
E um desapontamento ainda flébil...

Lagoa da Prata - 31 12 2010


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=313675