Sonetos : 

O CIÚME

 
Tags:  SONETOS 2010  
 
O CIÚME

Perto, aquele demônio de olhos verdes,
Cuja maestria esteve em ter comigo
D'amor e ódio um jogo já antigo
Ou de paixão e dor, se assim quiserdes.

Mas, se vos for mal tudo quanto houverdes
Sabido d'essa história onde perigo,
Olho -- ora gelosia; ora postigo --
A ver bem mais além que vós ao verdes:

Era a forma mais triste e só de amar.
Mas dizei-me, vós-outros, que pensar
D'um estado de espírito tão débil?

Verdes... Aos olhos d'ele ora me vejo.
N'eles estão quanto pôde meu desejo
E um desapontamento ainda flébil...

Lagoa da Prata - 31 12 2010


Ubi caritas est vera
Deus ibi est.


 
Autor
RicardoC
Autor
 
Texto
Data
Leituras
478
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.