Vendedor da morte

Data 24/10/2016 15:13:25 | Tópico: Poemas


Sol, Chuva, Frio,
Ferro à mistura
Num corpo
Que cai
Inanimado.
Não cai um,
Caem dois, três
E mais… torcidos
Pelos cacos de ferro
Semeados em cada esquina
Das cidades devastadas
Pelo cantar das armas.
Corpos caem inanimados,
Vigilados pelo silêncio
Das casas mortas pelas bombas
Que vêm beijar terra poeirenta,
Vermelha de sangue.
Humildes habitações
Se tornaram em cemitérios
Onde jazem corpos dos inocentes
Sem merecidas sepulturas ou bênção
De quem do lado de lá
Vende a morte dissimulada
Em ferro fundido

Adelino Gomes-nhaca



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