
ROLA-MOÇA
Data 27/10/2016 20:58:27 | Tópico: Sonetos
| ROLA-MOÇA
panorama Mas de que maravilha estão falando? Não por acaso nunca vimos ter Com verdades passadas, a saber: A questão já nem mais é quanto, é quando!
Pássaros que revoam longe em bando, Enquanto olhos insistem só em ver... Qual claridade buscas conhecer Na névoa muito além se dissipando?
Pensa n’isso como se um desabafo Ainda que tardio, qual tatuado Em poesia que à flor da pele grafo.
É bem verdade que essa vista acalma. Mesmo porque os abismos têm ecoado A história antepassando por minh’alma.
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toponímia Os prosaicos versos andradinos D’aquela afamada vinda a Minas Passam ora por minhas retinas À luz de nossos tão tristes destinos.
Com efeito, tal-qual dois peregrinos Subimos e descemos as colinas Até que em meio às névoas matutinas Nos surpreendera o sol nos picos finos.
A moça a rolar pela pirambeira E o noivo que a seguiu na galopeira Somos nós dois agora-aqui sozinhos.
Na fé de que também um grande amor De vida, morte, encanto, sonho e dor Encontra-e-desencontra-nos caminhos...
Brumadinho – 06 02 2006
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