ROLA-MOÇA

Obrigado, Gyl, pelo arguto comentário.

Esse é um poema tão pessoal que quedou demasiado hermético. Em todo caso, eu tinha um dia no Topo do Mundo a ser registrado com as emoções conflituosas que vivi ali.

Quanto à pobreza dos gerúndios, infelizmente ou não, eu tive de me submeter à história que queria contar. O verso que definiu essa rima sempre muito óbvia foi talvez o mais importante do soneto, a saber, o quarto: "A questão não é quanto, é quando". Penso que esse verso resume o conflito daquele dia ao colocar um Eu e um Tu no cume do Rola-Moça à espera da dissipação da névoa para se avistar a grande BH. Afinal, quase todos que vão lá, vão por esta vista. E ela se não se permitia aos nossos olhos.

A referência ao poema de Mario de Andrade é interessante tendo em vista que eu não precisava já contar a história para explicar o curioso nome da serra. Simplesmete uma referência toponímia o título do poema. No entanto, cenário de meu drama conjugal, os abismo da serra ecoam "antepassadamente" para mim e para ela o triste fim da moça que rolou pirambeira abaixo e do noivo que a acompanhou.

Talvez deva revisar esse soneto...

Por enquanto, fica assim.

Abraços, RicardoC.