Mentes do querer falhado

Data 23/11/2016 17:35:33 | Tópico: Poemas


Eu sou o vento
Que acorda as madrugadas,
No falar, uso palavras aprumadas,
Não gosto de confronto

Sou a razão do medo,
E não o motivo da ira
Que neste mundo gira,
Despido de credo

Sou o princípio da literatura
E não escravo de furtados meios,
Não desisto por meros receios
Da desventurada loucura

Sou amante da poesia
E não professor dos poetas
Nem escravo de falsos profetas,
Que vivem da incúria

Não me deixo ser imolado
Pelas mentes do querer falhado,
De poeta, não têm jeito
Nem proveito

Adelino Gomes-nhaca



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