Meu Amor, meu Amado, vê... repara: Poisa os teus lindos olhos de oiro em mim, - Dos meus beijos de amor Deus fez-me avara Para nunca os contares até ao fim.
Meus olhos têm tons de pedra rara, - E só para teu bem que os tenho assim - E as minhas mãos são fontes de água clara A cantar sobre a sede dum jardim.
Sou triste como a folha ao abandono Num parque solitário, pelo Outono, Sobre um lago onde vogam nenúfares...
Deus fez-me atravessar o teu caminho... - Que contas dás a Deus indo sozinho, Passando junto a mim, sem me encontrares? –