À dimensão do horto ...
Data 07/09/2017 10:02:35 | Tópico: Poemas
|
A dimensão do consciente Não é fixa nem muda, Apenas o pensamento mudo, Ao pensar, consciente de tudo
E do cosmos todo mas apenas Na dimensão que me moldou Em outra não ... ou não todo eu, O coração é d'outra coisa fora,
Doutra forma, dess'outro mundo Sem céu, que não se explica, O que tenho de bom é que Me acomodo ao instinto
Como se fossem aguas paradas Quietas, o que me inquieta Inclui e cria, encanta o que há em mim Do universo outro,
O que não faria pra me tornar Paisagem dispersa, disperso eu Que penso, pensando possa ser jardim Secreto onde dentro me deite.
A dimensão do consciente Não é fixa nem muda, Em mim muda e sente alquimia Em gente, gemas e opalas
Enquanto que, de ouro nada Uso nem mais caro nem tão belo, Sou o que penso, enganado Plo que vai acontecer no fim,
O que mudou foi a veste Que me cobre, cobriu um estranho E agora eu, que me descobri Consciente, lúcido quanto a mim,
Ouro falso e sem lei segundo Quem me lê, que me não creio Bem e me finjo de ser Rei Santo, Assim as ramagens me falassem
Do alto e com os braços esticados, Do monte, ainda as tento escutar Impaciente, no meu mando De alquimista fixo ao chão,
À dimensão do mundo, do horto, À dimensão de tudo, do instinto, Do consciente, do outro, do monte Da ramagem, do horizonte, da paisagem,
À dimensão da Aorta-da-gente ...
Joel Matos (09/2017) http://joel-matos.blogspot.com
|
|