rabiscando madrugada

Data 07/03/2017 03:46:31 | Tópico: Poemas




passarei
rente o mar do
teu olhar
trinando
alto como outro
solitário faminto
pássaro

em mim
passarinhará
o doce engano
do teu querer
cigano

por amar (te)
finjo
desentender
tuas manhas
manias embalados
em véus
de tempos
clandestinos

em trapiches de orvalho
balanço a esperar
expectando
teu aportar
como flor no galho
ao dispor do pássaro
e
a qualquer momento
sinto
serei desprendida ao vento
e a este mesmo
vento atarei
o juramento
de levar-te aquecido
dentro
.
.
.

que amar (te) é
verbo sempre em
mim disposto
a conjugar (te)






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