ღPRÓPRIO INFORTÚNIO *
Data 10/04/2017 09:56:21 | Tópico: Poemas -> Introspecção
| Sou talvez o meu próprio infortúnio Que me assombra como um desastre O meu descalabro que me acompanha Nesta vida maldita que me queima
E desgasta na desventura perdida da mente Estranha mete-se na pele, queima-me a carne Que em mim se alastra cadastra-me o sangue Sou o quem tudo perde ou quem tudo ganha
Um logro esquecido que por engano anda Neste mundo podre que tanto odeio ou amo Mal que me toma a mente, o corpo e a alma Um espectro sepultado no meu próprio pensamento
Inferno que me consome a dor na vereda do desgosto Sombra da minha mente no infortúnio do meu ser Corpo perdido esquecido feito em carne podre Punhal que me dilacera a minha alma já dilacerada
Queria escrever um poema sem dor Com a solidão e a saudade escrita nas estrelas Escrevi em cada folha um verso e senti-me nua
Senti o meu lado, o meu lado negro no meu espelho As raízes profundas do meu livro era terra lavrada No ventre perfumado aromatizado de terra molhada
Com o vermelho das rosas.
& Isabel Morais Ribeiro Fonseca
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