NOVE

Data 31/05/2017 11:14:44 | Tópico: Poemas

Nove
por nove breves meses
o tempo da minha gestação,
desfrutei uma paz transcendental.

Ao longo desses nove sóis
dona Teresa que me gerou e
antes de mim gerou oito e
depois de mim mais dois,
dispensou-me amor incondicional.

Fui o "nove" de uma prole
que somou onze cabeças pensantes
vibrantes algumas,murmurantes outras
todas contudo, cheias de vida
carregadas de paixão por vezes passional.

Olho hoje o mundo em volta de mim
as pessoas e
olho na cara das pessoas e
não vejo nelas a paz,o amor e
não sinto nelas pulsar a paixão.

Olho as pessoas e busco nessas pessoas
um traço ainda que pequeno
das marcas do amor e da paz e da paixão
nas quais estive por nove luas mergulhado
e não vejo e fico constrangido
e constrangido aspiro... voltar

para a barriga de dona Tereza







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