
Pílulas
Data 08/06/2017 05:11:32 | Tópico: Poemas
| nem chegou o poema e embaralhou-se nas linhas do caderno azul.
o riso fácil, o verbo doce. decifro sinais de alerta.
deslisam os dedos nos casacos molhados. a dor perpassa o muro e a luz. há loucura na brancura do papel.
choram os versos em rasgos chão.
saltam as palavras no avesso da noite. gemem nas cinzas...
o amor escreve no ar a solidão.
abnegada, a alma espia a imensidão. sustenta os sonhos o coração.
entre vírgulas, desce a chuva no vazio.
o vento frio desenha temporais...
não é poeta quem não chora. secam as tintas... riscam as canetas traços da ilusão.
são exagerados os sentimentos. vestem a poeira dos caminhos.
os deuses tomam posse do pranto derramado na escuridão.
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