Poemas : 

Pílulas

 
nem chegou o poema
e embaralhou-se nas
linhas do caderno azul.

o riso fácil, o verbo doce.
decifro sinais de alerta.

deslisam os dedos
nos casacos molhados.
a dor perpassa o muro
e a luz.

há loucura
na brancura
do papel.

choram os versos
em rasgos chão.

saltam as palavras
no avesso da noite.
gemem nas cinzas...

o amor escreve
no ar a solidão.

abnegada, a alma
espia a imensidão.
sustenta os sonhos
o coração.

entre vírgulas,
desce a chuva
no vazio.

o vento frio
desenha
temporais...

não é poeta
quem não chora.

secam as tintas...
riscam as canetas
traços da ilusão.

são exagerados
os sentimentos.
vestem a poeira
dos caminhos.

os deuses tomam
posse do pranto
derramado na
escuridão.







Poemas em ondas deslizam nas águas.

 
Autor
RaipoetaLonato2010
 
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