Plumeria

Data 18/06/2017 19:22:17 | Tópico: Poemas

Estavas em teu leito, em repouso.
Na tez a cor de um sonho noivado.
Os lábios espessos e avermelhados
Combinavam com as maçãs do rosto.

E assim, como num desejo posto,
Depositei minhas esperanças tardias
Nos alicerces do Templo do teu corpo
Para realização das frutíferas fantasias.

A luz solar beijava-te a face docemente
Reverberando uma espécie de magia
Que, num passe, sumia, assim, de repente,
Enchendo meus grandes olhos de alegria.

Esboçavas um suave sorriso, sozinha.
Quem seriam os anjinhos do sonho teu?
Ah! Quem me dera um deles fosse eu!
Nos castelos dos sonhos serias a rainha!

Mas se não eu, quem pelo lúdico estava?
Ah! Como morde o dente siso do ciúmes!
Quem, além de mim, possuir os perfumes
Que tu, da plumeria, simplesmente furtavas?

Pela veneziana vinha um vento matinal
Que fruíam nos novelos dos cabelos teus.
Recostado eu observava tudo do portal,
Sentindo-me imortal. Sentindo-me um... deus!





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