Pranto do Pintor

Data 12/07/2017 16:28:40 | Tópico: Poemas

Todos os mundos choram assim
Com a camisa rasgada no peito
E os pés desgastados pelo chão
A flor murcha e renasce no fim
Daquela história algo sem jeito
Escuridão em vez de sedução

Nossos olhares colidem entre si
No espaço aberto de um abraço
Afago gentil que aquece a alma
Morreu aquele que trazia em ti
Num certo dia de vento escasso
Entre labaredas de pura calma

O feio fez-se belo por ignorância
De um alfabeto de mudez surda
Que passeava à música do Samba
O corpo perdeu idade e infância
Perdeu a morte outrora absurda
E dançou descalço na corda bamba


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