de crença profunda.
Data 15/07/2017 00:54:02 | Tópico: Poemas
| era sempre de primavera a minha espera.
e tu outono escondido por entre a folhagem e as sombras douradas sabias-me lá pelo cheiro pelas palavras prevista pela ausência
mas a espera ameaçava-se fria vestida de inverno já e eu continuava confiante cheirando o mel das flores escutando a brisa das borboletas
os murmúrios traziam-te de outras viagens de outros rostos amores
e eu Sorri. percebi. comecei a acreditar apenas em mim.
]e a ser primavera sempre sozinha.[
à chegada do inverno
Nem sempre a vida acolhe ou alimenta os nomes do passado, o seu abismo repetido num sonho, na mais lenta assombração, no mais íntimo sismo
Do que chamamos alma. Não existo sem essa febre mansa que relembro enquanto as nuvens cobrem tudo isto com o frio escuro de um dezembro
Longe de mim, de ti, de qualquer lei ou juízo a que dêmos um sentido: o que finjo saber é o que não sei e as palavras colam-se ao ouvido.
fernando pinto do amaral às cegas relógio d´ água 1997
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