sob a força devastadora das palavras
Data 16/07/2017 04:55:02 | Tópico: Poemas
| .......... . .................. ........ .................... . ............................... ....................... ************ ** ***************** * ********* * ************* ************ ...........
… interrompes as distâncias peremptórias o clarão este rosto a rosto
como se entendesses desertos sem mar por perto mesmo sabendo-o longe e nu colado à escuridão visível destas linhas
sem retorno. Inebriam-me constelações grãos de areia colados ao corpo ou os que restam depositados nos bolsos das calças por sacudir
relíquias ávidas da noite abundante
onde se viu de repente o ar nadando sem olhar para trás. Fosses tu
ave cansada descansando no meu ombro esquerdo após tão longa viagem. Tudo se encaixaria.
Mistérios. O som esqueci-o
ante rumorejares de teu sorriso espraiando-se sob a força devastadora das palavras. Agora
posso morrer-me sem desejar ressuscitar só para rever dorsos níveos de ondas furiosas. … [vá lá entender os outros em mim enquanto sempre lhes serei atento
mas devastado pela vastidão que me alcança]. Em cheio.
(Ricardo Pocinho – O Transversal)
[enquanto fumo mais um cigarro sem filtro, penso se as minhas entranhas ainda reagem ao espesso nevoeiro que as atinge, escondendo o curso errático do sangue… como um rio pelo inverno].
|
|