Poema Negro

Data 31/07/2017 17:20:49 | Tópico: Poemas

Não iludo morte ou sorte
Nem mesmo dia e noite
Ou coisa que mais valha
Não há vida que importe
Ou alguém que me acoite
No velho celeiro de palha

Deste vinho que me amacia
Os nobres e ébrios sentidos
Da minha alma sem abrigo
Solto o sangue que percorria
Em caminhos agora perdidos
Nos gastos campos de trigo

Da lascívia entre Sol e Lua
Renascem deuses de mitologia
A profanar mentes miseráveis
A carne já putrefacta e nua
Tem um sabor que se elogia
Entre os homens execráveis


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