... um arranha-céus, ponteado de tudo..

Data 01/08/2017 12:01:18 | Tópico: Poemas

Trago nas mãos um corpo…. quente
onde as centelhas traçam traços invulgares
como as chamas dançantes de um fogo vivo
no vitral transparente do tempo… lento

Trago nos olhos um orvalho…cálido
como a chuva que cobre o oceano,
salinando as vagas tumultuosas das marés
em lágrimas agitadas raiando o rosto...lívido

E no peito, um arranha-céus ponteado de tudo
como tudo é o vento que me aquece a face,
nos dias em que os aromas invadem as narinas
como rosas desabrochando no meu colo...vazio

E as horas cavem sepulturas húmidas
como é húmido o meu corpo … inerte
nas terras arreadas do momento longínquo
onde a gaivota sombreia a cor do pensamento


Escrito 30/7/17



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=326470