Luso-Poemas
 
Poemas : 

... um arranha-céus, ponteado de tudo..

 
Tags:  tudo e nada nas mãos vazias  
 
Trago nas mãos um corpo…. quente
onde as centelhas traçam traços invulgares
como as chamas dançantes de um fogo vivo
no vitral transparente do tempo… lento

Trago nos olhos um orvalho…cálido
como a chuva que cobre o oceano,
salinando as vagas tumultuosas das marés
em lágrimas agitadas raiando o rosto...lívido

E no peito, um arranha-céus ponteado de tudo
como tudo é o vento que me aquece a face,
nos dias em que os aromas invadem as narinas
como rosas desabrochando no meu colo...vazio

E as horas cavem sepulturas húmidas
como é húmido o meu corpo … inerte
nas terras arreadas do momento longínquo
onde a gaivota sombreia a cor do pensamento


Escrito 30/7/17

http://pedacosdaalma.blogspot.com/
http://saboreamo-nos.blogspot.com/
http://aromas-da-vida.blogspot.pt/


 
Autor
Liliana Jardim
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Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 01/08/2017 13:10  Atualizado: 01/08/2017 13:11
 Re: ... um arranha-céus, ponteado de tudo..
*E o que não é o tempo se não instantes cavados na terra húmida do nosso corpo terreno?
Como sempre...me alcanças a alma com tua escrita.

Beijoka*

Enviado por Tópico
Jmattos
Publicado: 02/08/2017 11:25  Atualizado: 02/08/2017 11:25
Usuário desde: 03/09/2012
Localidade:
Mensagens: 18165
 Re: ... um arranha-céus, ponteado de tudo..
Liliana
Adorei sua poesia! Essa percepção que somos tudo e ao mesmo tempo nada...
Obrigada pela partilha!
Beijos!
Janna

Enviado por Tópico
Liliana Jardim
Publicado: 03/08/2017 09:25  Atualizado: 03/08/2017 09:25
Usuário desde: 08/10/2007
Localidade: Caniço-Madeira
Mensagens: 4479
 Re: ... um arranha-céus, ponteado de tudo..
Obrigado amigos pelos vossos comentários e leituras

Beijinhos

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 09/08/2017 09:41  Atualizado: 09/08/2017 09:41
 Re: ... um arranha-céus, ponteado de tudo..
Tempos que se procuram dentro de nós, os instantes se perdem nas horas a procura dos momentos

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