Epifania

Data 07/08/2017 15:14:37 | Tópico: Sonetos

Rincões e tumbas armazenam aqui e alhures
Tredos espinhos, ramas murchas, seca estia
Sementes restam, a germinar, quiçá, algures
Num promitente ressurgir da flor tardia

Se no findar da primavera, te amargures,
Fria tormenta te camufle a utopia,
Rever quiseras (se segui-la ainda jures),
O azul da estrela que brilhou na epifania

Na imensidão, já desatento, o olhar espreita
O aterrissar de frouxas horas de euforias
Em tremulantes folhas prenhes de poesias

Porem se atento o olhar se volta à porta estreita
Se lhe sujeita todo fardo em desapego
A estrela azul, no mar de angústia é aconchego



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