FESTINS

Data 11/10/2017 14:49:16 | Tópico: Sonetos

FESTINS

A parca luz presente nos jardins
permite que perceba seus livores:
hortênsias, margaridas e jasmins
surradas pelo ocaso dos amores.

Como alucinações soam clarins
anunciando o fim das doces flores.
Motejam os algozes em festins
regados pela chuva de plangores.

Golpeiam-me afiados pedregais
abrindo muitas fendas doloridas
nos pés que as aflições não querem mais.

Latejam sem parar minhas feridas
porque já se aproximam os umbrais
das celas, lares d'almas iludidas.


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