ESTRADAS

Data 21/10/2017 21:59:08 | Tópico: Poemas -> Amor

Tu tinhas a calma das tardes nas mãos
Enquanto caminhavas sem pressa no meu corpo
Desenhando nos meus olhos, nossos caminhos

Tinhas um beijo afiado que lambia face à cima
Cortando um vento que teus olhos assobiavam
Como braços e foices que cortam o tempo

As mãos vadias vão colhendo os frutos da terra
Enquanto dedos furam a imaginação da estrada
Longas mãos abraçam o último cio dos corpos

Quando te quero certo, sou todo errado e certo
Passo do encontro e sou o ponto onde não encontro
O ponto que não há; vá estrada pro onde for em nós

E me embriago, quando brinco de andar dentro de nós



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