Poemas -> Amor : 

ESTRADAS

 
Tu tinhas a calma das tardes nas mãos
Enquanto caminhavas sem pressa no meu corpo
Desenhando nos meus olhos, nossos caminhos

Tinhas um beijo afiado que lambia face à cima
Cortando um vento que teus olhos assobiavam
Como braços e foices que cortam o tempo

As mãos vadias vão colhendo os frutos da terra
Enquanto dedos furam a imaginação da estrada
Longas mãos abraçam o último cio dos corpos

Quando te quero certo, sou todo errado e certo
Passo do encontro e sou o ponto onde não encontro
O ponto que não há; vá estrada pro onde for em nós

E me embriago, quando brinco de andar dentro de nós


José Veríssimo

 
Autor
veríssimo
 
Texto
Data
Leituras
604
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
5 pontos
3
1
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Gyl
Publicado: 22/10/2017 11:03  Atualizado: 22/10/2017 11:03
Usuário desde: 07/08/2009
Localidade: Brasil
Mensagens: 16075
 Re: ESTRADAS
Um dos mais belos poemas que já li . Tem tudo que gosto e aprecio . Destaco: "Tu tinhas a calma das tardes nas mãos
Enquanto caminhavas sem pressa no meu corpo
Desenhando nos meus olhos, nossos caminhos..." Obrigado pela partilha. Abraços!


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 27/10/2017 09:50  Atualizado: 27/10/2017 09:50
 Re: ESTRADAS
A estradas de nosso olhos nos levam para diferentes caminhos dentro do amor. Magnifico poema