| |  
 
 Condessa VermelhaData 07/11/2017 20:33:53 | Tópico: Poemas -> Desilusão
 
 |  | Ela nem mesmo sabe que eu existo Não se importa com o que sinto
 Mas quando é preciso, diz que sou seu amigo
 Como que ela quer que eu acredite nisso
 Simplesmente é impossível, sem sentindo
 Estou preso em um cubo de vidro
 Me trata como um frágil cão de estimação
 Brinca comigo, maltrata em qualquer ocasião
 Acho que a linha do limite está se aproximando
 Estou me distanciando, me afastando
 Mas lá no fundo, há uma parte que segue acreditando,
 Que ela me trata como um objeto por que me ama
 Sei que meus sentimentos me enganam, estão se revelando
 Enquanto isso a frieza dela avança.
 
 Colocando meus pensamentos como soldados,
 E os lógicos como sargentos respeitados
 O general guarda consigo o que sinto por ela
 Não posso deixar que o interesse dela derrote minha defesa
 Mas que posso fazer se quando a vejo, meu ar congela?
 Não sei o que fazer, ela é formada em esperteza.
 
 Sei que se eu disser que a amo,
 Voltarei para casa com o peito em prantos
 Não será um engano, eu não suponho, eu sei
 Assim que eu falar, de mim debochará, já vi isso uma vez
 Tenho muito medo, pois o sentimento passional que sustento,
 Simplesmente não possuí freio
 Se esses versos eu não tivesse feito
 Se eu ao menos fosse um poeta, seria perfeito
 Mas não, sou apenas um qualquer na multidão
 Sem qualidade para me identificar, preso na escuridão
 Me vejo rodeado de paredes, mostrando a mesma ilusão,
 Onde estou segurando aquelas pequenas mãos.
 
 Não existe um preço para o que sinto, já procurei
 Mas existe um limite, e eu o alcancei
 Estou cansado de ser pisoteado
 Meu peito grita de dor, está sufocado
 Já não possuo mais a imagem de uma princesa,
 Essa pintura se revelou ser uma cruel condessa vermelha
 Causadora de grande parte de minha tristeza
 Sofro muito com as feridas que ela me deixa
 Não aguento mais este sofrimento
 Já não sei mais o que fazer para escapar desse tormento
 Essa dor nunca que se muda para o esquecimento
 Revivo ela todos os momentos.
 
 Eu sempre estive ao seu lado
 Sempre enxuguei suas lágrimas
 E sempre a ajudei quando estava em pedaços
 Impedindo-a de ter uma eutanásia
 Tentei fazer usas dores desaparecerem feito mágica
 Mas parece que ela se esqueceu do que fiz
 Hoje não sabe mais quem sou eu, apenas um infeliz
 Não a seguia por popularidade, "socialite"
 Eu a amava de verdade, e sei que eu era o único
 Porém, no presente, ela me faz sentir um inútil.
 
 As trancas do coração dela estão soldadas para mim
 Acho que ela não irá mudar, chegou meu fim
 Me esforcei, mas fora tudo em vão
 Hoje irão cessar as mensagens de atenção
 Hoje eu irei me despedir daquela que um dia estava na solidão
 Daquela que fora a dona do meu coração.
 
 | 
 |