Pacificando a ira

Data 12/11/2017 15:13:07 | Tópico: Poemas

Trancando bestas
Com escalas pentatônicas
E algemas de cordas
Fazendo sumir os fantasmas
E toda a sorte de perturbação

É a calmaria, o chamado da música
Deslizar meus dedos por este violão
Como se teu corpo o fosse
Trazer-te a mim mais uma vez
O concerto do amor façamos outra vez

Transforme a fúria
No fogo do ritmo latino
Dance como se fosse último dia
Da sua curta vida
Porque o tempo voa
E apressado se destoa

E que saudade
Saudade daqueles tempos
Bons tempos, nunca voltarão
O presente de hoje é o passado
E eu não o deveria ter aberto
Porque é mister que esteja encoberto

Explodi em mim mesmo
Feito tormenta de furacão
Rompendo meu pulso em paredes
Com vultoso enfurecimento
Percebendo o que não quero ser
Mas feito você as vezes o sou

Amarga é esta ira
Ardente feito pimenta
Pesada em artilharia
Suave música da juventude
Retirai de mim a paixão engano
Libertai-me do derradeiro profano



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=330140