Negro Desalento

Data 28/11/2017 15:31:26 | Tópico: Poemas

Algo derramava
Aquela cor escarlate…
O sangue da alma,
Que baloiçava nos olhos.

A pele doía-lhe…
A sombra de si própria
Onde as curvas do espírito,
Estavam reduzidas a nada.

Poderia afogar-se,
Naquele rosto…
Uma companhia silenciosa,
Uma agonia sem gosto.

Viver,
Essa tarefa ingrata…
Adormecia-lhe a mente,
Cansava o corpo.

Uma força fria,
A voz que se abria….
Penetrava-lhe o coração
Fazendo-a reflectir….

A promessa,
Que existia algo,
Para além da vida,
Aquele desespero absoluto…

Onde se deixava ir,
Para aquela mão…
Que se estendia
Onde poderia partir…
Na sombra daqueles passos,
Por fim.

CA


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=330743