A bota do Ronaldo
Naquela pequena aldeia Descalço mas com destreza Um menino hoje vagueia Nos limites da pobreza
Como é bela a sua terra Naquele lugar soalheiro Mas talvez por ser na serra Nunca lá chega o dinheiro
Vai vivendo dia após dia Entre as pedras dos caminhos Tendo apenas por companhia O cantar dos passarinhos
Ainda há pouco ouviu falar Em presentes de Natal E pôs-se logo a sonhar Com uma noite celestial
Como poderia ele fazer Com o seu descalço pé Sem sapato p’ra meter Junto à pobre chaminé Mas uma fada madrinha Foi pedir com devoção A Ronaldo uma ajudinha Que deu logo a solução
E o menino sem dinheiro Receberá um bom tesouro Plo Natal junto ao pinheiro Vai lá ter uma bota d’ouro
Rama Lyon
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