Escrevi-te sempre nas noites mais incertas

Data 31/12/2017 15:41:59 | Tópico: Poemas


Hoje talvez te acenda a lua com umas calças
de algodão. E aprenda coisas simples como a
do ferver os queijos. Como a do ferver as
malas, as malas de um poente enorme. E,
para tudo isto, não me lembro de melhores
ventos. Mas, claro, que para me veres mais
à frente, lembra-me um dia anterior. Lembra-
-me esse Verão nas esquinas dos rebanhos
bordados. E da ténue brisa que se multiplica.
Que se multiplica e logo como uma rosa. E
logo como uma rosa capaz de desenhar sózinha
o leve bater dos cardos. O leve bater. E ainda
das bóias que me hão-de vestir
quando desce
res, Meu
amor



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