Despedida

Data 10/04/2018 19:42:24 | Tópico: Poemas

Repousada no caixão como em um leito
Tão bonita que parece estar adormecida
Com as níveas mãos cruzadas no peito
Os olhos fechados. Dois sóis sem vida.

Atada aos punhos uma pequena fita.
Um coração tatuado no braço direito.
Dos perfumes florais vinha vestida
De lírios, lilases, de um amor-perfeito.

Aonde vais dormir toda essa madrugada
Que os olhos meus não mais te verão,
Minha mulher amante, querida e amada?

Abra-te jazigo! Abra- lápide cruel e gelada!
Acolha-a em teu ventre, na nossa última morada
E deixe a morrer cá fora meu pulsante...coração!





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