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 Crepúsculo dos deusesData 29/04/2018 03:59:32 | Tópico: Poemas -> Crítica
 
 |  | Perdoe-me se não concordares Com o que irás ler de agora em diante.
 Exalto a minha voz e clamo na madrugada.
 Poderia estar dormindo o sono dos justos
 Ou nas festas profanas em orgias e degradações.
 Mas, estou diante da minha missão.
 Bradar contra a ignorância.
 Contra a tolice humana.
 Quais tentáculos de um aracnídeo
 Eles perfuram os cérebros dos incautos
 E os fazem ser dominados e manipulados pelo sistema atual.
 Em meu silêncio perturbo-me com o que vejo e ouço durante o dia.
 Não que eu queira ser melhor do que ninguém,
 Mas o ser humano perdeu a sua humanidade.
 E o que é um ser humano sem humanidade?
 Pior que os insetos e crustáceos que, pelo menos,
 Respeitam sua cadeia alimentar.
 Mas, o ser humano na sua ambição,
 Ganância e hipocrisia solapam a esperança do último mortal.
 Com fúria nos olhos eles estraçalham todos os sonhos,
 Explodem os balões de oxigênios
 Que poderiam perpetuar a nossa existência.
 E o que fazer nessa situação?
 Os deuses estão caídos no chão.
 A poeira cobre os seus rostos desfigurados
 E as pessoas dançam em volta de seus restos como zumbis.
 Não há nenhuma percepção.
 Não há saída para tamanho desespero.
 E eu rasgo o meu coração na dor de ver
 E ouvir essa ladainha o tempo todo.
 Por que você não desperta desse sono mórbido?
 Por que não dá ouvidos a sabedoria que brada nas praças
 E avenidas sem ao menos ser notada?
 Por que insiste em ser esse anencéfalo ambulante?
 Por favor, pelo menos uma vez na vida
 Dê ouvidos a voz da sua consciência
 E saia desses emaranhados de coisas tolas
 E supérflua que toma conta do seu tempo.
 Não seja mais um escravo do sistema.
 Liberte-se!
 
 Poema: Odair José, o Poeta Cacerense
 www.odairpoetacacerense.blogspot.com
 
 
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