"sobre o peso da palavra deixada,"

Data 12/07/2018 01:08:46 | Tópico: Poemas



"Fora de casa sois pinturas; nos quartos, sinos; santas, quando ofendeis; demônios puros, quando sois ofendidas; chocarreiras no governo da casa e boas donas do lar quando na cama."

(Otelo) Ato II - Cena I










(ela)desfaz-se..

ao lívido conto de fogo
qual breve desuso por suposição
adaga-violeta, lar de todos os sóis..
quimera e cura por alvitre, por
única-composição.



mas,

(ela)desfaz-se..

deste tempo em um conto absurdo
tal mérito dos olhos em febre e letras ao longe
defronte
queda da cena a um arbítrio qualquer, um.. mero acaso
tal isótopo de meias-mentiras, e


ainda(assim,)

(ela)desfaz-se..


por que deve ser história sem rumo absolto
qual demanda de laço e canto-refém, lgotipo de ases
de
oitos e damas em vénias às métricas
e.
enfim,


(ela)desfaz-se..

da promulgação ao desuso
(do inferno ao absurdo)
quadro intitulado, cerzido, expulso..


ela,
desfaz-se..


qual era de consumo em qualquer parte
da inexata indecisão por réplica d'outra versão
por uma maneira de tréguas e regras
ou
apenas um motivo
pra desfazê-la, e.
de vez.





Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=337560