"Entre duas aspas"
Data 07/08/2018 14:35:19 | Tópico: Poemas
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Ficarei a ser, sendo o que entendem que digo, E de mim, enfim é o que consigo dizer entre Aspas, digo-não entendo tanto quanto quero- Porque haveria de querer eu, seria sério sendo,
Isso não sou, por aí não vou, passarei por Mimico, sendo o que não sou, - entendem O que digo, pois eu duvido mesmo a sério Da minha certeza toda e aposto na duvida,
É um vício o ser quem não sou, a razão É simples e natural como todas as coisas, É o que consigo dizer não dizendo, "dividando" O seno pelo humano interno intenso, sendo
Ficarei a ser o que entenderem que sou, Gradiente de cinza, incompreensível voo De moscardo sem voo, necessidade de nada Ser, destino imaginário ou o que possa ter
Entre aspas "à míngua desse dom", seco, indivino. Perdoai-me, pois não me entendo nem m'dispo Quando por vezes me "desdigo", "dividando" Seno Coseno hipérbole, eloquência de Fibonacci
"Pro bono", contradigo-me sendo o que não sou, Dando o que não tenho, ocultando por onde vou Paradigma este sentir sem ser voar sem asas ter Lembrar pra esquecer passar sem mudar pés
Nem mãos do lugar suposto que ocupo na sala Menos-oval do mundo, enfim, é o que consigo Dizer "entre duas aspas", entre duas águas Sinto que entendem não de facto, o que digo ...
Jorge Santos 08/2018 http://namastibetpoems.blogspot.com
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