ROSA NEGRA

Data 03/09/2018 13:41:41 | Tópico: Sonetos

ROSA NEGRA

Sua fragrância no jardim exalava.
A extinção assistia à sua agonia,
enquanto o medo surgia e a torturava.
Espécie singular, lânguida e vazia.

Murmúrios e lamentos silenciosos
causados por sentimentos ardilosos.
Parcialmente envolvida por espinhos,
sua seiva escorre seguindo caminhos…

Por seu cálice ao caule debilitado,
onde suas pétalas, já dilaceradas,
deixam fluir seu néctar contaminado.

A ruína em seu cerne fora fatal,
suas esperanças foram devastadas,
restando-lhe apenas o suspiro final.


ROSA NEGRA (versão hispânica)

Su sombrío aroma en el jardín exhalaba
La extinción observaba su melancolía
La cruel aflicción la invadía y la torturaba
Especie solitaria, amargamente vacía

Lágrimas de dolor, lamentos silenciosos
Representada por amores mentirosos
Completamente recubierta de espinas
Su néctar se escurre siguiendo en ruinas

Por su cuerpo esbelto al lecho delicado
Donde sus pétalos negros se dilatan
Dejando escurrir su sangre coagulado

Pero el dolor en su alma fue más fuerte
Todas las esperanzas fueron devastadas
Quedando el último suspiro a la muerte



Poema original em “Desígnios & Desejos”, 2017.
Versão hispânica em “Arrebol Acromático”, 2020.
(pub. independente por Ismael Marck)



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