O galo liberdade

Data 08/11/2018 13:14:35 | Tópico: Poemas

Os polos nunca se encontram
Os lábios avessos ao beijo
Atravessam o samba por inteiro
Contradizem o ouvido atento.
O atentado é praticado
Sem remoço e sem piedade
As testemunhas se desentendem
E o doce som perdeu a cor
Sem ter sido consumido
Acordo desmente os tratados feitos.
O amanhã amanhece ouvindo-se
Um acorde em desacordo
Com o mote pedido.
O palco foi montado
A revelia dos ouvintes
Que pediram um tango
E foi oferecido
Um macabro cortejo fúnebre
A ser saboreado.
A embriagues pede
Um gole a mais de ressaca
E a espera, espera
O canto do galo
Liberdade.
Chicão de Bodocongó
Campina Grande, 6 de novembro de 2018
Às 17h28mn






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