ALMA RUBI

Data 02/12/2018 23:43:19 | Tópico: Poemas




Foi um amor juvenil,
daqueles de reflexos
em pedra bruta;
que deslumbra,
que perpassa no tempo,
mas não passa do momento,
nem da falha memória minha.

Devotamento solitário.

Ficar pensando;
‘De como tu serias hoje’
se a morte, má, e
tão sorrateira,
não te ceifasse
tão prematuramente...

Consumiu teu sangue,
fonte mais vital...

Ainda era menino,
incrédulo da existência da morte...
Senti tua ausência.
Consumi-me, amuei-me.
Nevoou o meu olhar.
Loucura de querer,
correr, sumir, também morrer... Ir.

Pensei, pensei...
Medrei-me.
Depois chorei.

Lembrei-me
do inesquecível bem estar
de acariciar sob o luar
o veludo das tuas faces,
alvas; tez de biscuit.

Lembranças...

Ficaste em fotografia,
emoldurada pela minha alma,
e que a saudade não desfez.

Esta no meu peito eternizada,
cópia fiel do teu semblante,
ainda numa incrível nitidez...



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