A morte não vai de boleia

Data 09/01/2019 10:41:09 | Tópico: Prosas Poéticas


Lá, onde a morte
Não vai de boleia
Nas asas do vento,
Estão os sorrisos.
Sorria primeiro
Pra que o mundo
Possa sorrir depois
De ti.
Lá, onde a morte
Não vai de boleia,
Floresce felicidade,
Fruto dos atos pesados
Na balança d’ouro,
Que há em cada coração
De luz.
Lá onde a morte
Não vai de boleia,
A vida se alonga no tempo,
Ungida com o elixir dos atos
Coerentes, coerentes
No dizer
No fazer
No amar à vida.
Lá, onde as vontades imperam,
A morte está d’olho
Nos pêndulos da balança
E em cada ato que dela sai.
Sorria primeiro
Pra que o mundo possa sorrir
Depois de ti, e fazer
Com que a morte
Envelheça, na hora
Da tua partida, lá pra’s
Terras dos benfeitores.

Adelino Gomes-nhaca



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