ღOS OLMOS *
Data 09/01/2019 23:14:31 | Tópico: Poemas -> Desilusão
| Andam pela luz do vento Sem correr no tempo parado Num mundano contemplar Enche a boca num calão perverso Para não chegar à alma Profeta da essência mais mortal que os anjos Que imita um mestre já morto Mudo esse o seu mundo Num rio que corre sem correr Achado instinto de um dom Sofridão que verte intensamente A solidão sem poder ver a luz Entre uma caixa deixada sem almas De um poeta mudo, amordaçado na carne Pela lua cheia entre as folhadas dos olmos Onde se esconde com medo mas não dos lobos
Há em mim um místico sentimento De felicidade nesta tela pintada pela natureza Vista por fora e sentada me encontro Olhando por dentro sentindo-me a flutuar Nas cores que vejo e revejo na tela Deixo-me voar por entre montes e vales Caminho de terra batida na branca geada Onde o inverno morre despido Pela intensa neblina na serra de Bornes E em cada degrau me há-de levar ao céu. * Isabel Morais Ribeiro Fonseca
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