8º Solílóquio

Data 30/01/2019 19:17:56 | Tópico: Poemas

Tu, Homem que lês sem ler
Esfomeado de coisas poucas
Soltas a voz em gargarejos
Ao sentires no peito o poder
Dessas idiotices tão loucas
Que tu salivas qual bocejos

Incapaz de ser quem deves ser
Ser fútil, rastejante sem amanhã
Aprende! Faz-te palavra sentida
Sente o teu sangue a correr
Nas entranhas dessa letra vilã
Que reinventa a tua outra vida

Tu, Homem que vês sem saber
Ignora-te por um momento
Abre os olhos, solta a mente
Deixa a verborreia escorrer
Deixa-a dançar com o vento
Sente a semente e mente


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