À excelência ...
Data 26/02/2019 11:18:16 | Tópico: Poemas
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À excepção, À excelência, À beleza, sim Brindemos, ainda que com vinho turvo Desse amanhado com pés maçados e sujos Em paióis de madeira e grés, brindemos
À excepção, À excelência, À beleza da tez Ao dois por três em copos cheios desde A vindima até aos cestos das vespas riscadas Do melaço e "ladainha-de-taberna-à-vez",
Aos bêbados, brindemos com vinho turvo E pão de milho duro, ouro e basalto gretado, Preto e giz do taberneiro pouco sóbrio ardosia Na mão Brindemos irmão, brindemos irmãos,
À excepção, À excelência, À beleza, sim Às escaras e ao vício de sermos unos, unidos Até na morte, nos trabalhos de ciclopes Do amanho da Terra que nos recebeu, hóspedes
Hostis de coração grande.
Joel Matos 02/2019 http://joel-matos.blogspot.com
Convivência entre espécies
Bem sei que poeta é um ser genericamente alterado e sujeito a súbitas mudanças de opinião e humor, podemos ser controversos e libertários libertinos brilhantes mas jamais um poeta é ou pode ser sinónimo de tacanhez e desmérito intelectual, jamais poeta algum ou a sua poesia poderá ser sinónimo de conservadorismo maléfico, moléstia e maldade intrínseca. Somos, sejamos arautos graduados da sã convivência entre espécies, pois mesmo os menos dotados possuem alguma elevada clarividência e uma luminosidade activa que nos enriquece e subsidia pondo de parte pensamentos e expressões de obscuridade ridícula que tanto imiscuem a nossa criatividade e clarividência humana representativa levando À esterilidade inata e inadaptalizável de pensamento…
Jorge Santos/Joel matos
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