Ode aos astros

Data 10/03/2019 22:03:21 | Tópico: Textos

Em minhas raízes sobre a terra na qual eu pertenço, jamais poderei admitir que as buscas inalcançáveis por uma utopia libertadora, pertencem ao meu ser. Somente cortando as raízes que se chega na lua. E quando se chega na lua, o horizonte no qual eu contemplava foge aos meus olhos. É na lua que o meu sol e meu horizonte se perdem no espaço do tempo. Sou dominada por uma nova filosofia de vida, onde tudo se torna esquecivel e tudo se torna memoravel. E no intervalo entre esses dois episódios, surgirão as ideias e as dúvidas sobre o que ainda não aconteceu, porém está plenamente ativo em mente. Tudo se torna mais fácil quando não há o peso da gravidade sob suas costas. Mas quando há o peso das raízes nos calcanhares, preciso permanecer fixa. É num horizonte aquoso que surgem as influências de um caranguejo que chora internamente, reprimido por um ser ruminante que nasce diante do sol. O touro tem força suficiente para segurar raízes. Na busca infinita pela lua pertencida, o cavalo se torna humanizado ou o homem se torna selvagem? O poder da ação torna se tão dificultoso quanto um peixe nadando no fogo cruzado de uma guerra. E é numa trincheira que se encontra o amor. E o ponto entre vida, morte ou renascimento, encontra se no lar. O soldado pisciano permanece rastejando na guerra em busca de sua trincheira. E quando a encontra, é preciso familiarizar-se. Sem um ninho, a fênix não se refaz. Quando o soldado não pode agir, aplica-se o veneno, tão intenso como um escorpião. Emoção e idealismo andam juntos, dividindo dores entre alma e mente. Em tempos de Saturno, a vida torna se questionável.


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