1964

Data 11/04/2019 16:13:22 | Tópico: Poemas

É uma reação em cadeia
Onde o primeiro pecado é o pecado final
É sobre transferência de culpa
Argumentação irracional

É um cabo de guerra
Até a corda arrebentar
É um falso discurso de paz
Quero ver, pra quem o dedo vai apontar?

Lembram do evangelho de Maria Madalena
Apócrifo: "não há pecado"
Como forma de anistia
Perdão instaurado

É a prole em mistificação
E os ideais avulsos
A tortura virou Alzheimer
Em cada linha dos discursos

Eu falo das inversões
Do conformismo ao se contentar
Que liberdade é essa
Onde o cachorro é quem te leva pra passear?

Tentam caçar as ratoeiras
Armando os ratos
Cordeiros em pele de lobo
É a indiscrição dos fatos

Autocensura míope
A um palmo do nariz a escuridão
Só se enxerga o que se quer enxergar
Eu não culpo, "humanos" pensam com o coração

Mesmo amando o pacifismo de Gandhi
A revolução não deve esperar
Lembrei do Raul, o dia em que a terra parou
O Brasil decidiu continuar

No pleno gozo das suas faculdades mentais:
Brilhante Ustra ou Carlos Mariguela?
Quem atirou primeiro?
Quem sujou a bandeira verde e amarela?

Morrer afogado no raso
É o castigo dos conservadores
Mentes limitadas
Limitam também os amores

É o PACO opaco
De pensar de um lado só
Chega a gritar de medo
Chega a doer de dó

Eu não confronto opiniões
Eu respeito os dois lados
Mas são moedas distintas
Cara e coroa dos mal fadados

















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