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à espera do que sem espera me vem (título provisório)
quem virá me dizer do bálsamo que induz a vida pra na finda estrada sorrir de todo tempo ao relento de minha vivência em cada chegada em cada partir
se tanto sofri vigiando cada primavera em que solitário tentei e tentei renascer ora manso ora fera
quem me dará o guia por que se instruem as faces felizes em reprises tais relembranças que voltarão desiguais
se o que me muda são os dias iguais de uma espera como nódoa hospedeira do que penso e digo no castigo que já não posso suportar
se um ombro amigo e só um ombro amigo me dirá segredista me dará a chave da conquista de portas que abrirei se já não sei se este fugaz ânimo é o oxigênio que me faz prosseguir
sem mais nem porquê apenas no aguardo de quem virá pra me dizer o que preciso saber sobre o que resta em mim tão fragilizado tão sem sentido tão pouco pra dividir
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