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Data 21/09/2019 05:53:33 | Tópico: Poemas

O que quer que se divida
será sempre em sombra e luz,
par oposto que nos conduz
e dá a profundidade à vida.

Se, por vezes, é ela que escolhe,
outras somos nós que escolhemos
com estes olhos com que vemos,
onde quer qu’esse olhar olhe.

Entre a cegueira ou o traço claro,
em que só um dos dois impera,
perde-se o lugar, o tempo, a era,
o apoio, o eterno amparo.

No limite superior da claridade
o escuro do mais escuro espreita.
Um verso sem frente que se deita,
que nos incita, que me invade.




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