Tempestade

Data 22/09/2019 17:29:54 | Tópico: Poemas

Deserto solta-se o corpo rasgado
Pelos ventos e as areias, facas
Que cortam afiadas a vontade
De gritar surdas pelo ser amado
Escondido nas sombras parcas
Desfiadas por desejos e saudade

Crente chora a valente tristeza
De mãos na face cheias de nada
Quando se fecham secas as duas
Qual se fosse de sua natureza
De continuar uma vida passada
Consumida pela luz ténue das luas

Sorte a de cada passo marchado
Em frente, à esquerda, a direito
Numa louca dança sem sentidos
Que deixa velho o coração cansado
Frio, trôpego e cego sem jeito
Na nudez destes dias perdidos


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