Nem sempre há flor por onde for

Data 04/12/2019 01:42:07 | Tópico: Poemas



Minha carência é borboleta buscando néctar de flores que brevemente irão morrer;
no colo de algum outono
ou no choro de algum inverno.
É quando a primavera encontra um canto para tirar um sono.
Minha borboleta tem sede de flor.
Quer se embriagar
borboletando ar de amor...
Sem mais seda pra
pousar e sem cores
pra se camuflar, a borboleta voa sem rumo, asas sem descanso tremeluz sem plumo; o voo se desmancha quando alimento não alcança.

Ah minha borboleta!
Por onde perdeste as asas? Agora és esta lagarta que se arrasta
atrás de casulo pra se guardar

Mas casulo só abriga lagarta que
ainda vai debutar.














Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=346966