Textos de Quarentena 12

Data 30/03/2020 21:12:32 | Tópico: Poemas

O teu silêncio fez-se medo e passado
Dúvida vil, persistente e demente
Dor desse coração descompassado
Secura desinteressada, indiferente

Os teus olhos fixaram os meus
Entre corpos sedentos de mãos
Julgados entre si, como dois réus
Dois amantes, dois olhares irmãos

O dia de amanhã esqueceu de nós
Algemou cada um a seu passado
Aos sonhos transformados em pós
Por nosso amor louco e fracassado

O meu silêncio chorou desalmado
Calou e fintou um qualquer desejo
Lembrado o teu corpo desnudado
Espelhado no meu último beijo


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=348911