
ALMA DESNUDA
Data 31/03/2020 22:54:32 | Tópico: Poemas
| A alma despiu-se do corpo e singrou o espaço...
Trôpega, lambuzou-se nas nuvens químicas, Repletas de substâncias extraídas da poluição.
Estava embriagada pela fosforescência do céu E inconscientemente perdida dentre os astros Que bebiam do álcool, o etílico aroma da solidão.
Circulou sem destino e, nômade, enxergou a Lua Onde se deitou a fim de que seu brilho extirpasse O nauseabundo odor que perpetrava na atmosfera O suculento licor de uma vida mística e apoteótica.
Pondo-se de pé, entendeu que ainda cambaleava. Deu alguns passos adiante e retrocedeu furiosa, Pois imaginava ganhar do mundo a sua liberdade, Entretanto em cada passo que dava se via tonta... Percebeu que viver é uma cachaça de saudade!
DE Ivan de Oliveira Melo
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