Solidão

Data 23/04/2020 17:39:55 | Tópico: Sonetos

As rugas comem-me o cérebro
Enquanto a língua me lambe a solidão
Aos anos que com gelo quebro
E tudo parece passar num vão

E quando a mão simplesmente abro
Reparo que não possuo um único grão
Sorrio a este ato macabro
Fruto de um comboio de ilusão

É muito pouco aquilo que consacro
Mas toda a imagem tem um senão
Nunca se sabe onde está o simulacro

Ou o real da visão
E eu já estou muito magro
E o meu estômago já não tem ambição!!!


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