Ladram cães à distância, Mato o “Por-Matar” …
Data 27/06/2020 12:09:27 | Tópico: Poemas
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Ladram cães à distância, Mato o “Por-Matar” …
Ladro de cães à distância e uma vela acesa, Inúteis mecenas que despertam o ardor Da cria que me habita e cuido e velo, grito Pois creio, ser eu lobo, mais lúcido que ouro
E que alguma vez fui e o desejo me acena, – Oh, como desejo a caça grossa, arguta, E não capoeira onde jazz ovelho mal morto E a tesão que dá matar o “Por Matar”, o manto
Sinto-o ter da morte aqui e ao lado, esgoto Do veio da vida, enquanto este é cenário Lívido da morte, encoberto, invisível corre Do prado pra moita certa, boca de sena
Cega à navalha, eu superior e ela presa, E os cães ladrando “à tona”, à distância De uma vala e uma vela se apagando, Morte certeira, noite encenada, navalha
De barba, mato o “Por Matar”, degolado Como manda o código da Ordem, Barbeiro O som da morte a quebrar, inesquecível E tão pouco curável quanto a reles loucura,
Ladro de cães à distância e a gamela e os Restos no prado do despojo, no restolho ruivo Suplicado em vermelho sangue, de guerreiro Meu credo pois o creio meu uivo, o do lobo
E ao uivar ao céu agradeço à Deusa Maga E a Belenus quando irrompe, consagrando O dia Basco do Druida Lobo, a meu mando Age o fogo que consome os montes, o dom…
O dou aos amantes, eu me elevo, assombro E mito nas palavras que me velam, devotas E por revelar, envolto em mistério e morte, E por matar me vou, leve e em voo de bruxo
Mago…
Joel Matos 01/2020
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